sábado, 22 de março de 2008

APENAS VIVER...........




QUERO APENAS VIVER O HOJE


SEM A CERTEZA SE EXISTIREI AMANHÃ


QUERO VIVER E MORRE HOJE


SEM PRECISAR ME PREUCUPAR COM O CÉU QUE ME ESPERA.....


QUERO APENAS SER UMA SER E NÃO UM ESPIRITO DE LUZ


QUERO TER O DIREITO DE MORRER


SEM TER QUE REENCARNAR


NÃO QUERO CONTRUIR NADA DEPOIS.NEM COSERTAR


NADA O QUE DEIXEI,QUERO QUE FIQUE COMO ESTÁ


E SE EU PUDER MUDAR QUE MUDE AGORA


E NÃO QUANDO MORRER......


QUERO VIVER PRA SEMPRE APENAS


HOJE,E QUE AMANHÃ EU VIVA PRA SEMPRE DENOVO


SE EU ACORDAR.......PORQUE VIVER É TER A CERTEZA DA MORTE
SEM VIDA APÓS A VIDA
APENAS VIVER O HOJE COM A CERTEZA QUE HOJE FOI O MELHOR
DIA DA NOSSA VIDA,E QUE AMANHÃ É UMA MERA COGITAÇÃO DE PROBABILIDADE
VIVER É NOS VÊ COMO REALMENTE SOMOS,
REAIS E NÃO FRÁGEIS
REAIS E NÃO ANJOS
REAIS E NÃO UM PROJETO
REAIS FALÉVEIS E REAIS............

sexta-feira, 21 de março de 2008

A MORTE DE DEUS




O niilismo e "morte de Deus"
("Os Pensadores", Nova Cultural, 1987, fascículo 50, p. 600-604)
Por tudo isso, sob a aparente dispersão dos aforismos vai se desenhando um projeto rigorosamente unitário. A história que Nietzsche traça de nossa civilização não é um simples agregado de temas, mas a tentativa de mostrar que o percurso "ideológico" do Ocidente se estende em três períodos.
Estes três períodos são aqueles indicados pelas metamorfoses do espírito com as quais se abre o Assim Falou Zaratustra: como o espírito se transformou em camelo, como o camelo se transformou em leão e como o leão se transformou em criança.
Compreenda-se: nossa civilização passou primeiro pelo domínio do "tu deves", quer dizer, pelo primado da moral e da religião (= CAMELO); esta primeira etapa do espírito cede seu lugar ao domínio do "eu quero", que designa o eclipse do mundo do dever e a liberação da vontade (= LEÃO) ; enfim, o "eu quero" supera-se no "eu sou", que será uma nova relação do indivíduo com sua existência (= CRIANÇA).
Para apreender do interior estes períodos, vale a pena situar-se na etapa intermediária - domínio do "eu quero" -, que é o período do niilismo europeu. "Quem vos fala", diz Nietzsche, "é o primeiro niilista perfeito da Europa. " O niilismo é antes de tudo o território onde Nietzsche se situa para falar.
O niilismo é um cristal de várias facetas, que designam tanto acontecimentos de nossa civilização quanto um certo modo de se experimentar a existência, humana.
Em primeiro lugar, ele é um episódio de nossa civilização, pois designa o momento histórico em que se desvalorizaram os valores supremos.
Na consciência do europeu do final do século XIX, segundo Nietzsche, já se vive a morte de Deus. E o que os europeus não haviam percebido ainda era que a morte de Deus implicava a desvalorização dos valores morais: o fim do Deus cristão será o fim da moral por ele sancionada e de todos os substitutos laicizados do cristianismo.
Isso já é o niilismo: desvalorização dos valores supremos que, por isso mesmo, torna crepuscular a idéia de "dever".
Mas por que a morte de Deus deve implicar a desvalorização de todos os demais valores?
Para compreendei- isso deve-se levar em conta que, para Nietzsche, a morte de Deus é apenas um capítulo de uma história bem mais longa: a morte do mundo-verdade, ou seja, o fim do platonismo. Assim, o niilismo significará também que nada é verdadeiro, e por isso mesmo tudo é permitido.
É nesse momento do niilismo europeu que Nietzsche se situa: no momento em. que se perdeu qualquer ilusão sobre a, chance de se estabelecer verdades definitivas sobre as coisas. É esta consciência que estará na origem do tipo de análise filosófica de Nietzsche: se não há mais um "mundo-verdade", então o "espírito livre" saberá que existem apenas diferentes "interpretações". E sua tarefa será agora interpretar as interpretações: se o "cristianismo" não é mais a "verdade" mas apenas uma "perspectiva entre outras", é enquanto tal que ele deve ser analisado.
A partir de agora, a nossa "civilização" tornou-se um texto a mais submetido à análise do filólogo.
Senhores e escravos - Esta análise da civilização vai dirigir-se por uma pergunta bem determinada, que já apontará para o niilismo enquanto modo de se sentir a existência humana. Antes de lamentar a morte de nossos Ideais, convém perguntar previamente pelo valor destes valores: eles são um estímulo ou urna barreira para a vida? Será esse, antes de tudo, o tópico de Nietzsche. E se agora os valores morais detiverem mais do que os outros a atenção de Nietzsche, será pela convicção de que eles comandam todos os demais..
Para analisar o valor de nossa moral, Nietzsche vai opor dois universos espirituais: o dos senhores e o dos escravos. Esta oposição designa ao mesmo tempo um contraste entre ideais e entre modos de existência. A nossa moral é de escravos, e seus valores vão se tecendo em torno de um certo ideal de convivência.
O nosso imaginário social desenha como seu ponto ótimo uma convivência isenta de conflitos, onde se pensa que viveremos nossa "felicidade". Nada como o século XIX para procurar este estado idílico onde os conflitos desapareceriam, as "contradições" estariam enfim "superadas" e o rebanho humano poderia viver a paz, o seu sábado dos sábados.
Ora, este ideal de convivência supõe, tacitamente, uma determinada antropologia: se estes indivíduos não entram em conflito, é porque eles não aspiram a mais nada, suas vontades estão paralisadas, e por isso mesmo eles vivem a felicidade espinosiana, definida como um repouso.
Assim, nossa moral vai pregar no seu "tu deves" todas as qualidades que adocicam a vida, como o altruísmo, a piedade, o desinteresse, todo um ideário de "esgotados", que apenas exprime uma vontade anêmica. E é esta mesma vontade anêmica que está na origem de nosso desejo de crenças e convicções, nossa perpétua necessidade de apoio em uma verdade, uma religião ou uma consciência. de partido.
Por isso, nossa civilização enaltece a obediência e coloca o comando ao lado da má consciência, promovendo como figura do homem alguém preparado apenas para obedecer, um escravo, um ser domesticado, o "animal do rebanho".
Ora, ao lado de nossa moral e de nosso ideal de convivência, que se pensam únicos, existiu segundo Nietzsche, uma outra moral e um outro modo de encarar a existência. É o universo dos senhores que Nietzsche pensa redescobrir analisando a vida grega antes da "decadência" platônica.
Desde sua juventude, quando pesquisava a vida grega no mundo homérico, Nietzsche discernira ali um ideal de convivência exatamente oposto ao nosso: uma vida construída a partir de um elogio do conflito, não de sua supressão.
É o que se depreende, por exemplo, daquilo que seria o "verdadeiro significado" do ostracismo enquanto instituição na Grécia Antiga.
Se os gregos expulsavam da cidade alguém que se sobrepunha aos demais, isto não significava um freio, mas um estimulante: se expulsava o grande, o que sobressaía excessivamente, era para que os mecanismos da luta se restabelecessem, para que a disputa voltasse entre todos. É que um grego do bom período, garante Nietzsche, não conhecia felicidade sem luta, nem vitória sem disputa ulterior.
Sua vida, em suma, era a expressão mesma da vontade de potência. E foi este mundo do conflito permanente que encontrou sua expressão filosófica no vir-a-ser de Heráclito, enquanto representação de um universo onde as tensões e os conflitos perduram pela eternidade. Este homem da luta homérica será o indivíduo sujeito à moral dos senhores, onde a afirmação de si substitui as virtudes cristãs.
O mundo do escravo será agora aquele onde o indivíduo sofre com o mundo, se ressente dele. E o ressentimento será a mola propulsora deste sofredor que desejará agora vingar-se do senhor e negar o seu mundo.
O escravo, filósofo e o sacerdote serão então os personagens de um enredo através do qual se negará o mundo do vir-a-ser, graças à hipótese de três grandes mundos fictícios: o mundo moral, o mundo divino e o mundo-verdade.
Através deles, o escravo quer não abolir a dor, mas encontrar um sentido para o seu sofrimento. E o que Nietzsche nos ensina ao final da Genealogia da Moral: não foi a dor, mas a falta de sentido da dor que atormentou os fracos, e para encontrar este sentido eles inventaram seus ideais. E toda a nossa civilização cristã será um anestésico ideológico para uma existência sofredora.
A superação do niilismo - E exatamente este sentido da dor que desaparece quando ocorre a desvalorização dos valores. E seu resultado será o niilismo enquanto estado psicológico: a experiência de que a existência "não vale a pena". Em outras palavras: o niilismo enquanto desvalorização dos valores faz surgir o niilismo enquanto desvalorização da existência.
Ela é apenas dor, e dor sem sentido. E este fenômeno que Nietzsche pensa ler no pessimismo filosófico do século XIX.
Ora, este mal-estar que irrompe agora não é senão a decadência originária que exigiu o nascimento do cristianismo. O que ressurge é, nua, a experiência da vida que tinham os "fracos", despojada apenas da vestimenta ideológica que lhe dava um sentido. E o niilista será agora uma consciência infeliz: ele sabe que o mundo, tal como deveria ser, não existe, e sente que o mundo que existe não deveria ser.
Nietzsche dirá que esta situação poderá dar origem tanto à debilitação ainda maior da vontade quanto ao seu revigoramento. No fim do mundo do dever, resta um "eu quero" que poderá ser forte ou fraco. "Quem vos fala" diz Nietzsche, "é o primeiro niilista perfeito da Europa. Que superou o niilismo."
Esta superação do niilismo não será equivalente ao encontro de uma nova "meta da existência", um novo "sentido" para o sofrimento. Não será uma reedição do cristianismo. A verdadeira superação do niilismo será antes de tudo o desenraizarnento daquilo que tornava o cristianismo desejável para o escravo: a sua apreensão da existência como sendo uma fonte de sofrimento.
Será através da doutrina do eterno retorno que Nietzsche pensará a sua superação do niilismo. O eterno retorno é uma doutrina cosmológica, que tem um significado existencial. E sua formulação estará condicionada pela idéia de um universo desdivinizado: ela será a conseqüência de dois princípios cuja negação implicaria, para Nietzsche, a aceitação tácita da hipótese de Deus.
São os princípios que afirmam: 1) o tempo é infinito; 2) as forças são finitas.
Destes princípios decorrerá que tudo já retornou, pois as configurações das forças, sendo finitas, já se repetiram. E como o mundo não caminha para um estado final (que, se existisse, já teria ocorrido), então tudo retorna eternamente.
Desta doutrina Nietzsche espera um determinado efeito sobre o existente. Ela deverá operar como um postulado prático que me ensinara a viver de modo a desejar viver outra vez aquilo mesmo que ocorrer - porque assim será em todo caso.
Agora, tal postulado prático levará a uma aprovação integral da existência, ao amor aos fatos, o. dionisíaco dizer-sim à vida. Será o último ato da filosofia de Nietzsche. Que terá como preço o casamento entre a eternidade e o devir.

A SOCIEDADE"MORAL E MORALISTA "


Os animais e a moral
F. Nietzschen

"As práticas que são exigidas na sociedade refinada, o evitar cuidadosamente o ridículo, o que dá na vista, o pretensioso, o preterir suas virtudes assim como seus desejos mais veementes, o fazer-se igual, pôr-se na ordem, diminuir-se - tudo isso, como moral social, se encontra, a grosso modo, por toda parte até o mais profundo do mundo animal - e somente nessa profundeza vemos o propósito que está por trás de todas essas amáveis precauções: quer-se escapar de seus perseguidores e ser favorecido na busca de sua presa. Por isso os animais aprendem a se dominar e disfarçar de tal maneira que muitos adaptam suas cores à cor do ambiente (em virtude da assim chamada função cromática"), fazem-se de mortos ou adotam formas e cores de um outro animal ou de areia, folhas, algas, esponjas (aquilo que os pesquisadores ingleses designam como "mimicry"). Assim se oculta o indivíduo sob a generalidade do conceito "homem ou sob a sociedade, ou se adapta a príncipes, classes, partidos, opiniões do tempo ou do ambiente: e para todos os refinados modos de nos fazermos de felizes, gratos, poderosos, amados, se encontrará facilmente o equivalente animal. Também aquele sentido de verdade, que no fundo é o sentido de segurança, o homem o tem em comum com o animal: não quer deixar-se enganar, não quer deixar-se induzir em erro por si próprio, ouve com desconfiança a voz persuasiva de suas próprias paixões, reprime-se e permanece em guarda contra si; isso tudo o animal sabe igual ao homem, também nele o autodomínio brota do sentido do efetivo (da prudência). Ele observa, igualmente, os efeitos que exerce sobre a representação de outros animais, aprende a voltar o olhar sobre si mesmo a partir dali, a se tomar "objetivamente", tem seu grau de autoconhecimento. O animal julga os movimentos de seus adversários e amigos, aprende de cor suas peculiaridades, orienta-se por elas: contra indivíduos de uma espécie determinada ele renuncia de uma vez por todas ao combate e, do mesmo modo, adivinha na aproximação de muitas espécies de animais o propósito de paz e acordo. Os inícios da justiça, assim como os da prudência, comedimento, bravura -,em suma, de tudo o que designamos com o nome de virtudes socráticas, é animal: uma conseqüência daqueles impulsos que ensinam a procurar por alimento e escapar dos inimigos. Se ponderamos agora que também o mais elevado dos homens só se elevou e refinou justamente no modo de sua alimentação e no conceito de tudo aquilo que lhe é hostil, não deixará de ser permitido designar todo fenômeno moral como animal."

ALBERTO CAIEROS

V - Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada

Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério. Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o sol E a pensar muitas cousas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores? A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, que não sabemos dar por elas. Mas que melhor metafísica que a delas, Que é a de não saber para que vivem Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"... "Sentido íntimo do Universo"... Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. É incrível que se possa pensar em cousas dessas. É como pensar em razões e fins Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas É acrescentado, como pensar na saúde Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas É elas não terem sentido íntimo nenhum. Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta dentro Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores E os montes e sol e o luar, Então acredito nele, Então acredito nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores E os montes e o luar e o sol, Para que lhe chamo eu Deus? Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; Porque, se ele se fez, para eu o ver, Sol e luar e flores e árvores e montes, Se ele me aparece como sendo árvores e montes E luar e sol e flores, É que ele quer que eu o conheça Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe, (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?). Obedeço-lhe a viver, espontaneamente, Como quem abre os olhos e vê, E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes, E amo-o sem pensar nele, E penso-o vendo e ouvindo, E ando com ele a toda a hora.


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Uma Menssagem de Vida!!!!!!!!

TEXTO DE SHAKESPEARE
Depois de um tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de criança. E aprende a construir todas as estradas hoje, porque o amanhã é muito incerto para planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar muito exposto. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não importam. E aceita que não importa o quão uma pessoa seja boa, pois ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisará perdoá-la por isso. Aprende a falar para aliviar dores emocionais. Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la. E que pode fazer coisas num instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. E que o que importa não é o que você tem na vida e sim , o que você tem da vida. Descobre que pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos tratar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a última vez que a vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo. E se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada e frágil seja uma situação, já que sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüencias. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar assim, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama mais do que pode.Pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores. E se você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, poderá ir muito mais longe. Aprende que nossas dúvidas são traidoras e que nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. E que a vida tem valor e que você tem valor na vida!

ALBERTO CAIEROS

semelhança. Amar é pensar. E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela. Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela. Tenho uma grande distração animada. Quando desejo encontrá-la Quase que prefiro não a encontrar, Para não ter que a deixar depois. Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela. Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar. ALBERTO CAIEIRO (FERNANDO PESSOA) "O Amor é uma companhia" (ALBERTO CAIEIRO

FERNADO PESSOA

O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio "...o Amor, quando se revela..." O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente Cala: parece esquecer Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse Pra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar... FERNANDO PESSOA

STAY U-2

Luz verde, Eu páro e compro um pacote de cigarrosEu não fumo, e nem mesmo quero fumarPresto atenção, confiro meu troco!Vestido como um desastre de carro,o volante esta girando mas eu estou de cabeça para baixo.Eu digo que quando ela me bate, Eu não me importoPorque quando ela me machuca, Eu me sinto vivoÉ isso mesmo realmente?Luzes vermelhas, manhã cinzentasVocê tropeça em buraco no chão.Um vampira ou uma vitima?Isso depende de quem está ao redorVoce costumava ficar para assistir aos anúnciosVocê movia os lábios sincronizadamente com os talk-shows.E se você olha, você olha através de mim,E quando você fala, não é comigo,E quando toco em você, você não sente nada!Se eu pudesse ficar... entao a noite se renderia a vocêFicar... e o dia poderia manter sua féFicar... e a noite seria o bastante.Tão longe, tão pertojunto com os ruídos e os sons do rádio.Com televisão via satélite,Você pode ir a qualquer lugarMiami, Nova Orleans, Londres, Belfast e BerlinE se você escuta, eu não posso te chamar.E se você pula, você está arriscada a cair.E se você grita, eu apenas posso te escutarSe eu pudesse ficar... então a noite se renderia a vocêFicar... e então o dia poderia manter sua féFicar... com os demônios que você exorcizouFicar... com o espírito que eu acheiFicar... e a noite seria o bastante.Três horas da manhãTudo está quieto e não há ninguém por pertoApenas o estrondo e a explosãoComo um anjo que cai ao chãoApenas o estrondo e o ruido,Como um anjo que acerta o chão.